terça-feira, 10 de abril de 2012

The Man I Love





Someday he’ll come along The man I love And he’ll be big and strong The man I love And when he comes my way I’ll do my best to make him stay He’ll look at me and smile I’ll understand And in a little while He’ll take my hand And though it seems absurd I know we both won’t say a word Maybe I shall meet him Sunday Maybe Monday, maybe not Still I’m sure to meet him one day Maybe Tuesday will be my good news day He’ll build a little home Just meant for two From which I’ll never roam Who would, would you? And so, all else above, I’m waiting for the man I love


Hindi Zahra, again.

domingo, 1 de abril de 2012

Carta de amor no Oásis de Bethânia

Não mexe comigo
que eu não ando só
eu não ando só
que eu não ando só

Eu tenho zumbi, besouro, chefe dos tupis. Sou tupinambá. Tenho os erês, caboclo boiadeiro, mãos de cura, morubixabas, cocares, arco-íris, zarabatanas, curare, flechas e altares. A velocidade da luz no escuro da mata escura, o breu, silêncio, a espera… Eu tenho Jesus, Maria e José. Todos os pajés em minha companhia. O menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos. O poeta me contou.

Não misturo, não me dobro. A rainha do mar anda de mãos dadas comigo. Ensina o baile das ondas e canta, canta, canta pra mim. É do ouro de Oxum que é feita a armadura que guarda meu corpo, garante meu sangue e minha garganta. O veneno do mal não acha passagem. Em meu coração Maria acende sua luz e me aponta o caminho.

Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã. Giro o mundo, viro, reviro. Tô no recôncavo, quem fez. Voo entre as estrelas, brinco de ser uma. Traço o Cruzeiro do Sul com a tocha da fogueira de João menino. Rezo com as 3 Marias. Vou além. Me recolho no esplendor das nebulosas, descanso nos vales, montanhas. Durmo na forja de algum. Mergulho no calor da lava dos vulcões, corpo vivo de Xangô.

Não ando no breu…
Nem ando na treva…
É por onde eu vou
que o santo me leva
Não ando no breu…
Nem ando na treva…
É por onde eu vou
que o santo me leva

Medo não me alcança, no deserto me acho. Faço cobra morder o rabo, escorpião virar pirilampo. Meus pés recebem bálsamos: Unguentos suave das mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no oásis de Bethânia. Pensou que ando só? Atente ao tempo. Não começa nem termina, é nunca, é sempre. É tempo de reparar na balança de nobre cobre que o rei equilibra. Fulmina-me justo. Deixa nua a justica.

Eu não provo do teu fel
Eu não piso no teu chão
E pra onde você for
Não leva meu nome não
E pra onde você for
Não leva meu nome não
Eu não provo do teu fel
Eu não piso no teu chão
Pra onde você for
Não leva meu nome não
E pra onde você for
Não leva meu nome não

Onde vai valente? Você secou. Seus olhos insones secaram. Não veem brotar a relva que cresce livre e verde, longe da tua cegueira. Seus ouvidos se fecharam a qualquer música, a qualquer som. Nem o bem nem o mal pensam em ti. Ninguem te escolhe. Você pisa na terra, mas nao a sente, apenas pisa. Apenas vaga sobre o planeta. E já nem ouve as teclas do teu piano. Você está tão mirrado que nem o diabo te ambiciona. Não tem alma. Você é o oco do oco do oco do sem-fim do mundo.

O que é teu já tá guardado
Não sou eu que vou lhe dar,
não sou eu que vou lhe dar,
não sou eu que vou lhe dar.
O que é teu já tá guardado
Não sou eu que vou lhe dar,
não sou eu que vou lhe dar,
não sou eu…

Eu posso engolir você, só pra cuspir depois. Minha fome é matéria que você não alcança. Desde o leite do peito de minha mãe até o sem-fim dos versos, versos, versos, que brotam no poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita na palma da inspiração de Caymmi. Se choro, quando choro, minha lágrima cai é pra regar o capim que alimenta a vida. Chorando eu refaço as nascentes que você secou. Se desejo, o meu desejo faz subir marés de sal e sortilégio.

Vivo de cara pro vento, na chuva. E quero me molhar. O terço de Fátima e o cordão de Ghandi cruzam meu peito: sou como a haste fina, que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta.

Não mexe comigo
que eu não ando só
eu não ando só
que eu não ando só
Não mexe não
Não mexe comigo
que eu não ando só
eu não ando só
que eu não ando só

Não mexe comigo…



http://www.youtube.com/watch?v=WqYDUcv0HAM

segunda-feira, 12 de março de 2012

At the same time

Here comes the time
For my heart to heal the past
From now and then
There will be the good and the best
Oh when your eyes and mine
Can see the same
Our love could last
Should I follow you?

Yes I remember flowers
Sent in blue skies
And you with your sweet smile
With your sweet smile
Holding me tight

You told me give your self away
And i would buy yourself
Knowing that your touch could heal my heart
I should die
I should die in your arms right now
And give it all
Give it all to you

You're my precious memory
I'm getting down on my knees
All that i've got is love for you
I should die
I should die in your arms
Oh, love is so beautiful and cruel at the same time
At the same time, at the same time
Oh your love is beautiful and cruel at the same time good at the same time


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sara and the seed





Vale a pena conferir esta graphic novel espetacular, de Ryan Andrews. Online, na íntegra:



http://www.ryan-a.com/comics/sarahandtheseed01.htm

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jazz, no fundo

Ele não sabia nada de nada da vida, mas acreditava que, como 'consultor', entendia de tudo, muito. Pra tentar me impressionar, resolveu achar que era mestre em testes vocacionais e jurou, de pés juntos, que eu tinha tudo pra ser música. ´Com toda a certeza desse mundo, você toca algum instrumento' sugeriu, profeticamente.
Do alto da minha pedreirice offline, respondi:
- Toco sim. Toco corações.