Prego por prego, desde o começo, tudo estrategicamente planejado. Tudo errado. Como é que eu consigo ser tão equivocada? Inadequação recorrente, é isso o que sinto. Além de me pregar sozinha, ainda erro a martelada e acerto os próprios dedos, em vez dos pregos. De novo e de novo. Como pregar uma verdade em que eu mesma não acredito? Nunca aprendi nada. Cega, burra, estúpida. Traumatizo duplamente: pela repetição e pela intensidade. Muitos golpes, todos muito fortes. Alguma luz: própria imagem distorcida, refletida no espelho do teto. Uma confusão de ego com amor próprio. A morte. A ressureição.
(Desenho de Orlando Pedroso)
3 comentários:
Somos fortes e deserramos sempre que possivel. Calma.
Foi; e tô de olho.
E o desenho, bom; o Orlando dispensa comentários.
Rê querida, é o circuito vida-e-morte. É a porra do tal renascimento que a gente, na hora, acha que não devia existir. A gente erra mesmo, enfia a cara na lama, se descabela, mas depois levanta e vai tomar um banho. Dorme um soninho e depois, pouco depois, vai pra vida outra vez.
Beijo querida. Estarei or aqui no feriado.
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