Dramática, do alto de seus 32 anos bradava aos quatro ventos que a era da decadência havia chegado.
Mesmo que insistissem em dizer que aparentava muito menos e que estava ótima, não se cansava de dizer
que o último ano valeu por 10 na escala do envelhecimento e que nada mais seria como antes.
Camisa branca, casaco branco, cozinha branca, cafezinho na mão, chão molhado, sapatinho liso.
Um escorregão e o café quente foi direto ao rosto, camisa branca, casaco branco, cozinha branca.
Ardeu. Chorou de ódio e jurou nunca mais tomar café.
Mentira. Morreu de vergonha da leviandade. Jura que não fala mais bobagem.
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