quarta-feira, 24 de setembro de 2008

mundinho ordinário

Fui me pesar, a balança estava desligada. “Não precisa ligar não moço, melhor assim”. Eu continuo adorando a sensação de estar certa, mas parei com a chatice do eu-te-disse. A vida é mesmo interessante: a cada dia uma nova descoberta! Um dia é uma mancha marrom que surge na sua bochecha. Outro dia é uma linha a mais no seu pescoço. Outro dia ele diz que tem uma semi-namorada. É mais seguro gritar por dentro. Outro dia, disse durante o almoço que odeio lentilha. Meu pai sempre se ofende com essas coisas. Na mesma noite, ofereci chá gelado pra uma criança: “Que nojo! Eu odeio chá gelado!”, ela disse. E só assim eu percebi o quanto sou ridícula. Os meus finais de semana não têm sido melhores do que os dias úteis há séculos. Ou eu me viciei em trabalho ou a minha vida está muito chata. Ou as duas coisas. O meu avô que sapateava morreu e eu escolhi a sala do velório. Eu levei as roupas e a dentadura. Eu fiz orçamento de caixão e flores. Eu levei a viúva. Eu recebi o colchão d´água furado que ficou no hospital. Eu fiz uma cerimônia budista na qual o único membro da família presente era eu. Mas o que é qualquer sofrimento idiota da nossa vida medíocre perto da cegueira. Perto do mal de alzheimer. Perto da fome. Perto da miséria. Somos nada. Pra que vaidade? Se as pessoas enxergassem a alma umas das outras, o mundo seria tão melhor. Dói o coração pensar nisso. Mas o que é a minha dor diante de uma simples constatação perto da cegueira. Perto do mal de alzheimer. Perto da fome. Perto da miséria. Somos nada. Pra que vaidade? Se as pessoas enxergassem a alma umas das outras, o mundo seria tão melhor. Dói o coração pensar nisso. Mas o que é a minha dor diante de uma simples constatação perto da cegueira.

 

 

 

 

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Re-beldia

Hoje não estou com vontade de ser simpática, nem de procurar a melhor solução, nem de pensar no que vou dizer, nem de agüentar brincadeirinhas, nem de ter paciência, nem de meditar, nem de tolerar aquele mantra que fica ecoando na minha nova cabecinha zen, nem de fingir que eu não sei que estão querendo me sacanear, nem de suportar gente que me incomoda só pelo fato de existir. Não estou com vontade de nada muito controlado. Hoje sou só instinto, cão raivoso. Escrever isso me fez descobrir o óbvio: tpm, claro.

sábado, 13 de setembro de 2008

O desespero

Tá, eu sei que a concorrência tá braba pra gente e que o mundo tá assim:




Mas não vá casar com um merda só por causa disso!



(vai falar que você não conhece uma dúzia bostas como esse e outra dúzia de infelizes iguaizinhas a essa?)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Perdinhas

Perdi meu celular. Perdi o sono. Perdi a hora. Perdi os cds que estavam no carro. Perdi a paciência.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

simples?

Eu não sou uma pessoa simples, por que pagaria um imposto simples, não é mesmo? Aliás, eu nem sou uma pessoa física, por que algo em mim seria simples? Hein?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

As favoritas

Se há algum tempo - depois da morte da rádio rock - nós paulistanos ficamos órfãos de uma radiozinho mais ou menos e só a Eldorado e Kiss FM salvavam o dial no trânsito, agora não podemos mais reclamar:
- Mitsubishi FM tem feito um bom trabalho, inserindo alguns roquezinhos gostosos em uma programação pra quem realmente é 4x4(aliás, genial todo o conceito da rádio! ponto pros publicitutos!);
- Oi FM chegou e arrasou. Adoro. Sempre a música certa no momento exato. Nada óbvia. Livre. Minha cara (não que eu não seja óbvia, hahauha)

Esses meus posts remotos não estão dando muito certo, saem todos desconfigurados.

Os favoritos

Acordei. O sol estava lá.
Banho. Cremes. Roupa. Perfume? O favorito, pra variar um pouco.
Yakult verde. Chá verde. Colares verdes. Tchau, gente. Tchau, cachorrinhos.
No rádio, a favorita da temporada, logo de cara.

Hoje pode ser um grande dia.