O meu encantamento com o Minhocão debaixo d´água durou apenas até a próxima poça. Acho que estava tocando a minha música preferida no rádio e eu achei tudo lindo. Tudo aquilo de que eu fugi há 8 meses. É que eu ainda não tinha voltado à velha rotina trabalho – casa – trabalho. Aqui é assim: more você a 5, 10, 15 ou 20 km do seu trabalho, não há forma de fazer o percurso em menos de uma hora. Isso também é São Paulo e essa parte não tem absolutamente nada a ver comigo.
O meu sonho de consumo não é ter o carro dos carros, nem a mansão das mansões, nem fazer a viagem das viagens. O meu sonho de consumo é morar perto do trabalho e ir trabalhar à pé. Isso, sim, é luxo, poder e riqueza. Sair de casa às 10 pras 10 e chegar às 10 à minha mesa, sem sofrer. Sair do trabalho e chegar em casa disposta pra um cinema, academia, jantarzinho ou festa.
Well, mais uma vez estou batalhando para que aconteça. Sem isso, São Paulo volta a ser uma cidade cronicamente inviável e humanamente inabitável.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
Só no Minhocão
Agora eu sou uma Mulher de Domingo. Mas não é todo domingo, não. Só de vez em quando!
Domingo, segunda, São Paulo…
06/11/2011 | 09:00 | VISITA DE DOMINGO | ATUALIDADES | VISITA DE DOMINGO
Estreia hoje na seção Visita de Domingo a publicitária paulistana Renata Gervatauskas. Sobre ela mesma, diz o seguinte: “Fui pra Portugal, perdi o lugar, mas tô comprando ingresso pra pista VIP na mão dos cambistas”. No post de hoje, ela declara seu amor a São Paulo – e dá sua lista de canções feitas para um domingo.
Sei que hoje é domingo, e que você provavelmente acordou sem pressa, num dia lindo – ou chuvoso, tanto faz – com seu cachorro lambendo seu rosto, seu filho puxando seu edredon, ou seu amor te cutucando daquele jeito gostoso e preguiçoso que só as manhãs de domingo permitem (ou sozinha e tristonha, lembrando de como era bom acordar desse jeito!). Mas não é desse tipo de manhã deliciosa que eu quero falar. Eu quero falar é da manhã de amanhã, a temida segunda.
Porque hoje, enquanto eu escrevo esse post, ainda é segunda-feira. E hoje, em São Paulo (lembra da segunda passada? Faz um rewind aí. Pronto. É dela que eu escrevo, direto do túnel do tempo), tá fazendo aquela segundona típica paulistana. Chuvinha que não molha direito, mas para a cidade inteira. Aquele trânsito de matar, o asfalto liso que derruba motoqueiros, sabe? É nesse dia que eu estou.
E você pode me chamar de mulher de malandro, mas tenho que confessar: eu goooooooooooooooooooooostcho! São Paulo é um tapa na cara por minuto, mas em se tratando desse lugar, um tapinha não dói (e deve até fazer crescer os peitos, como divulgou uma panicat recentemente, rs). Você pode achar a coisa mais estranha do mundo, mas toda vez que fico muito tempo fora daqui e volto, só consigo me sentir em casa de novo quando passo dirigindo, atrasada, em cima do Minhocão, em dia de garoa, com o som ligado, o retrovisor todo pingado, o parabrisas fazendo fink-fink na minha frente, o trem das motos passando atormentado, ao lado (os motoqueiros se enfileiram entre uma pista e outra e passam como loucos, anunciando sua chegada com infindáveis bi-bi-bi´s, e ai de você se triscar um pouquinho pra fora do trilho virtual que se forma ali: adios retrovisor!). Sim. É uma selva. E se isso é uma selva, eu sou uma gorila enorme que bate no peito e grita de prazer quando tá solta na floresta! É. É daqui que eu sou. É aqui que eu sou. Como todo bom paulistano, eu também tenho o sonho da pousada em Floripa, e já experimentei uma vida simples na Europa. Mas não tem jeito. É aqui que eu sou mais eu. Pelo menos por enquanto.
A segunda cinza, assim, como está hoje, em São Paulo, faz com que eu me sinta plena. É como réveillon. É a chance de um fresh new start toda semana. Quando der meia noite, hoje, não tema. Feliz semana nova. Feliz vida nova.
E pra não dizer que eu tô apressando a vida e tirando o prazer da sua manhã de domingo (que é o momento que eu mais gosto na semana, mas só quando estou amando e sendo amada), tenha um ótimo dia e, se quiser uma trilha sonora bem gostosinha pra não fazer nada o dia todo e nem lembrar que existe são Paulo, segunda-feira e chuva, aí vai a minha listinha.
Aperte o play e divirta-se.
Renata tem blog e twitter
http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2011/11/06/domingo-segunda-sao-paulo/
http://www.youtube.com/playlist?list=PL299712ED46D79E05
Domingo, segunda, São Paulo…
06/11/2011 | 09:00 | VISITA DE DOMINGO | ATUALIDADES | VISITA DE DOMINGO
Estreia hoje na seção Visita de Domingo a publicitária paulistana Renata Gervatauskas. Sobre ela mesma, diz o seguinte: “Fui pra Portugal, perdi o lugar, mas tô comprando ingresso pra pista VIP na mão dos cambistas”. No post de hoje, ela declara seu amor a São Paulo – e dá sua lista de canções feitas para um domingo.
Sei que hoje é domingo, e que você provavelmente acordou sem pressa, num dia lindo – ou chuvoso, tanto faz – com seu cachorro lambendo seu rosto, seu filho puxando seu edredon, ou seu amor te cutucando daquele jeito gostoso e preguiçoso que só as manhãs de domingo permitem (ou sozinha e tristonha, lembrando de como era bom acordar desse jeito!). Mas não é desse tipo de manhã deliciosa que eu quero falar. Eu quero falar é da manhã de amanhã, a temida segunda.
Porque hoje, enquanto eu escrevo esse post, ainda é segunda-feira. E hoje, em São Paulo (lembra da segunda passada? Faz um rewind aí. Pronto. É dela que eu escrevo, direto do túnel do tempo), tá fazendo aquela segundona típica paulistana. Chuvinha que não molha direito, mas para a cidade inteira. Aquele trânsito de matar, o asfalto liso que derruba motoqueiros, sabe? É nesse dia que eu estou.
E você pode me chamar de mulher de malandro, mas tenho que confessar: eu goooooooooooooooooooooostcho! São Paulo é um tapa na cara por minuto, mas em se tratando desse lugar, um tapinha não dói (e deve até fazer crescer os peitos, como divulgou uma panicat recentemente, rs). Você pode achar a coisa mais estranha do mundo, mas toda vez que fico muito tempo fora daqui e volto, só consigo me sentir em casa de novo quando passo dirigindo, atrasada, em cima do Minhocão, em dia de garoa, com o som ligado, o retrovisor todo pingado, o parabrisas fazendo fink-fink na minha frente, o trem das motos passando atormentado, ao lado (os motoqueiros se enfileiram entre uma pista e outra e passam como loucos, anunciando sua chegada com infindáveis bi-bi-bi´s, e ai de você se triscar um pouquinho pra fora do trilho virtual que se forma ali: adios retrovisor!). Sim. É uma selva. E se isso é uma selva, eu sou uma gorila enorme que bate no peito e grita de prazer quando tá solta na floresta! É. É daqui que eu sou. É aqui que eu sou. Como todo bom paulistano, eu também tenho o sonho da pousada em Floripa, e já experimentei uma vida simples na Europa. Mas não tem jeito. É aqui que eu sou mais eu. Pelo menos por enquanto.
A segunda cinza, assim, como está hoje, em São Paulo, faz com que eu me sinta plena. É como réveillon. É a chance de um fresh new start toda semana. Quando der meia noite, hoje, não tema. Feliz semana nova. Feliz vida nova.
E pra não dizer que eu tô apressando a vida e tirando o prazer da sua manhã de domingo (que é o momento que eu mais gosto na semana, mas só quando estou amando e sendo amada), tenha um ótimo dia e, se quiser uma trilha sonora bem gostosinha pra não fazer nada o dia todo e nem lembrar que existe são Paulo, segunda-feira e chuva, aí vai a minha listinha.
Aperte o play e divirta-se.
Renata tem blog e twitter
http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2011/11/06/domingo-segunda-sao-paulo/
http://www.youtube.com/playlist?list=PL299712ED46D79E05
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