Someday he’ll come along The man I love And he’ll be big and strong The man I love And when he comes my way I’ll do my best to make him stay He’ll look at me and smile I’ll understand And in a little while He’ll take my hand And though it seems absurd I know we both won’t say a word Maybe I shall meet him Sunday Maybe Monday, maybe not Still I’m sure to meet him one day Maybe Tuesday will be my good news day He’ll build a little home Just meant for two From which I’ll never roam Who would, would you? And so, all else above, I’m waiting for the man I love
Não mexe comigo que eu não ando só eu não ando só que eu não ando só Eu tenho zumbi, besouro, chefe dos tupis. Sou tupinambá. Tenho os erês, caboclo boiadeiro, mãos de cura, morubixabas, cocares, arco-íris, zarabatanas, curare, flechas e altares. A velocidade da luz no escuro da mata escura, o breu, silêncio, a espera… Eu tenho Jesus, Maria e José. Todos os pajés em minha companhia. O menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos. O poeta me contou.
Não misturo, não me dobro. A rainha do mar anda de mãos dadas comigo. Ensina o baile das ondas e canta, canta, canta pra mim. É do ouro de Oxum que é feita a armadura que guarda meu corpo, garante meu sangue e minha garganta. O veneno do mal não acha passagem. Em meu coração Maria acende sua luz e me aponta o caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã. Giro o mundo, viro, reviro. Tô no recôncavo, quem fez. Voo entre as estrelas, brinco de ser uma. Traço o Cruzeiro do Sul com a tocha da fogueira de João menino. Rezo com as 3 Marias. Vou além. Me recolho no esplendor das nebulosas, descanso nos vales, montanhas. Durmo na forja de algum. Mergulho no calor da lava dos vulcões, corpo vivo de Xangô.
Não ando no breu… Nem ando na treva… É por onde eu vou que o santo me leva Não ando no breu… Nem ando na treva… É por onde eu vou que o santo me leva
Medo não me alcança, no deserto me acho. Faço cobra morder o rabo, escorpião virar pirilampo. Meus pés recebem bálsamos: Unguentos suave das mãos de Maria, irmã de Marta e Lázaro, no oásis de Bethânia. Pensou que ando só? Atente ao tempo. Não começa nem termina, é nunca, é sempre. É tempo de reparar na balança de nobre cobre que o rei equilibra. Fulmina-me justo. Deixa nua a justica.
Eu não provo do teu fel Eu não piso no teu chão E pra onde você for Não leva meu nome não E pra onde você for Não leva meu nome não Eu não provo do teu fel Eu não piso no teu chão Pra onde você for Não leva meu nome não E pra onde você for Não leva meu nome não
Onde vai valente? Você secou. Seus olhos insones secaram. Não veem brotar a relva que cresce livre e verde, longe da tua cegueira. Seus ouvidos se fecharam a qualquer música, a qualquer som. Nem o bem nem o mal pensam em ti. Ninguem te escolhe. Você pisa na terra, mas nao a sente, apenas pisa. Apenas vaga sobre o planeta. E já nem ouve as teclas do teu piano. Você está tão mirrado que nem o diabo te ambiciona. Não tem alma. Você é o oco do oco do oco do sem-fim do mundo.
O que é teu já tá guardado Não sou eu que vou lhe dar, não sou eu que vou lhe dar, não sou eu que vou lhe dar. O que é teu já tá guardado Não sou eu que vou lhe dar, não sou eu que vou lhe dar, não sou eu…
Eu posso engolir você, só pra cuspir depois. Minha fome é matéria que você não alcança. Desde o leite do peito de minha mãe até o sem-fim dos versos, versos, versos, que brotam no poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita na palma da inspiração de Caymmi. Se choro, quando choro, minha lágrima cai é pra regar o capim que alimenta a vida. Chorando eu refaço as nascentes que você secou. Se desejo, o meu desejo faz subir marés de sal e sortilégio.
Vivo de cara pro vento, na chuva. E quero me molhar. O terço de Fátima e o cordão de Ghandi cruzam meu peito: sou como a haste fina, que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta.
Não mexe comigo que eu não ando só eu não ando só que eu não ando só Não mexe não Não mexe comigo que eu não ando só eu não ando só que eu não ando só