Se eu fosse começar hoje*, eu diria que estou há 2 dias sem fumar, depois de um pedido que fiz ao meu terapeuta (que é uma espécie de Dr. House, de bengala e tudo, só que interpretado pelo Morgan Freeman, com aquela voz de Deus e tudo). Finalmente pedi pra ele me tirar esse vício maldito e outros pequenos hábitos nocivos (coisinhas que faço com freqüência, só pra me matar aos poucos). Ah, ele é hipnólogo.
Você poderia pensar ”olha que máximo, funcionou!”, mas se eu disser pra você que vou lá há 2 meses e que jamais contei a ele que fumava, e que no dia anterior à consulta eu já havia conseguido não fumar, e que só pedi a ele que apertasse o botãozinho do “no smoking” quando eu estava realmente determinada a parar, você vai perceber que não tem botãozinho, nem “dorme, dorme” no estilo Fábio Puentes que resolva. Quer dizer, ter tem, mas quem aperta o botão e sopra no ouvidinho é a gente mesmo, não tem jeito.
Claro que ajudou muito o fato de eu ter recebido uma notícia boa e definitiva sobre trabalho, depois de 2 meses de incertezas e ansiedade. Ajudou também o argumento dele, e se isso ajudar alguém, aí vai: você tem direito às coisas boas. Simples assim. Você não precisa acabar com o seu dia lindo fumando um cigarro. Eu sou bem dessas: às vezes tenho aquele dia mega produtivo, em que acordei cedo sem sofrimento, consegui comer coisas saudáveis, tive pique pra ir caminhar ou fazer uma aulinha de yoga depois do trabalho e tals, aí, chego em casa, sento na poltrona florida e, puff-puff, como diria a Lita Ree. Lá se vai meu dia leendo.
Tava tudo tão bem, pra que estragar? Pois é assim que eu sou, geralmente. Sorte minha ter percebido que esse papo Gabriela de “vou ser sempre assim” é tão anos 70, né? Por favor. Vamos parar de fumar. Vamos parar de fazer merda com a gente. Vamos parar com autossabotagem e com essas coisas idiotas que a gente faz só pra caber no rótulo de loser que a gente mesmo se impõe. Chega.
* Mistééééééério
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